Barbara Szaniecki

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DISEÑO INDUSTRIAL, DISEÑO GRÁFICO  // BRASIL

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¿Por qué elegiste el diseño como una Carrera en tu vida?
Sempre fui fascinada pelas artes visuais e gostava não apenas de desenhar e pintar como articular palavras com as imagens. Gostava desde cedo de fazer colagens para capas de livros, de discos e cartazes imaginários, imitando e pesquisando diferentes estilos. A imaginação e a experimentação me entretinham. Não sabia inicialmente se desta atividade conseguiria tirar meu ganha-pão mas não conseguia me imaginar fazendo outra coisa.

¿En que medida tu crees que ser un diseñador latinoamericano te distingue y destaca de otros diseñadores en el mundo?
A América Latina tem uma cultura incrível e que não cessa de se inventar. Moro no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, e tive oportunidade de viajar (às vezes por períodos brevíssimos, às vezes por períodos mais longos; a trabalho ou de férias) por Chile, Argentina, Equador, Perú e Colômbia. As dificuldades socioeconômicas de nosso continente são conhecidas, mas sua riqueza cultural não necessariamente. Em cada país encontrei cores e formas gráficas e tipográficas muito especiais. Nem sempre estão formalizadas em termos de design em geral ou de design gráfico em particular mas se encontram nas artesanias, nos tecidos, nas Igrejas, nos muros da cidade, por toda parte. No Rio de Janeiro, por exemplo, é possível encontrar nos territórios periféricos e nas favelas, uma cultura visual muito instigante. É essa riqueza cultural histórica por um lado mas também a contínua necessidade de expressão e resistência cotidiana que gera a singularidade dos designers latino-americanos. No que me diz respeito, sigo fascinada pela descoberta dessa potência brasileira e latino-americana e a ela acrescento pequenos toques das culturas polonesa por parte de pai (os cartazes poloneses são vibrantes) e italiana por parte de mãe (sendo a primeira visita à Itália com meu avô materno me apresentando emocionado a Capela Sistina uma experiência inesquecível).

¿Cómo ves el diseño en tu país?
O design que se institucionalizou no Brasil era um design com pretensões industriais que nunca se realizaram de maneira abrangente e com forte influência alemã e, em particular, da Escola de Ulm. Foi nesse contexto que foi criada a Escola Superior de Desenho Industrial (Esdi, hoje uma unidade da Universidade do Estado do Rio de Janeiro) que recentemente completou 50 anos de existência. Todavia, em paralelo a essa tendência hegemônica do design brasileira, sempre existiram “outros designs”: o design mais articulado com as práticas artesanais no caso de Lina Bo Bardi ou o design em diálogo com as artes como é o caso do design tropicalista de Rogério Duarte. Hoje o design brasileiro continua a se renovar valorizando por um lado suas características socioculturais (as matrizes africanas e indígenas como também as hibridações que aqui floresceram) e, por outro, tomando partido das inovações tecnológicas. Alguns mercados se expandiram (o editorial), outros se restringiram (o fonográfico) mas, de modo geral, é possível afirmar que o design tem procurado articular uma forte relação com o local e territorial e, ao mesmo tempo, como o global e a conexão em rede. Nesse sentido, as trocas com o países latino-americanos são fundamentais em termos culturais, sociais, econômicos e políticos.

¿Cuál es tu fórmula íntima e ideal de trabajo para ser más efectivo al momento de diseñar?
Eu costumava precisar de um momento muito pessoal para a pesquisa e experimentação antes da execução do projeto propriamente dito. Me era necessário certa intimidade para realizar esses primeiros passos. Hoje, vejo como extremamente positivo sair dessa bolha criativa e estar em contato com outros designers e não-designers pensando e experimentando ao mesmo tempo, em consensus e dissensos ao longo do processo.

¿Cuáles son los errores más comunes que cometen algunos diseñadores al momento de encarar un proyecto de diseño?
Os erros mais comuns não se encontram na maioria das vezes no projeto em si mas em sua metodologia de execução. Por muito tempo a atividade conceitual do designer se separava do mundo concreto da produção e da recepção. A prática criativa era realizada por um sujeito único num espaço isolado. Mesmo quando o designer buscava um contato com o potencial usuário de sua criação, essa relação era de certa forma artificial e insuficiente. Creio que um grande avanço tem sido feito com as práticas de co-design ou design participativo, ou seja, práticas que envolvem o “usuário” não como uma abstração e sim como sujeito real numa situação concreta e portanto deixa de ser mero “usuário” e passa a ter papel em termos de co-criação. Essas práticas não eliminam evidentemente toda possibilidade de erro, mas permitem talvez uma menor distância entre “erro” e “acerto”: o design se torna uma plataforma e um espaço de discussão e realização de produtos e serviços, mas não apenas.

¿Qué consejo darías a una persona que está por elegir esta carrera o empezando a trabajar en ella?
A carreira do designer se confunde com a sua própria vida. Nesse sentido, investir na sua carreira equivale a investir na sua vida: investir na formação pessoal e das equipes com quem se trabalha e, sobretudo, multiplicação do conhecimento acerca da prática do design na sociedade.
Esse investimento se dá na forma de um engajamento concreto por um lado (em termos de tempo e às vezes de dinheiro) mas se dá sobretudo de modo subjetivo: um desejo de fazer bem feito e ter prazer nisso que escapa à esfera de “conselho que se possa dar”.

Los 5 libros importantes que todo diseñador debe leer:

  • FLUSSER, Vilem. Por uma filosofia do design e da comunicação. São Paulo: Cosacnaify, 2007.
  • FOSTER, Hal. Design and crime. London/NY: Verso, 2002
  • PAPANEK, Victor. Design for the Real World. Chicago: Academy Chicago Publications, 2005
  • MANZINI, Ezio. Design para a inovação social e sustentabilidade: Comunidades criativas, organizações colaborativas e novas redes projetuais. Rio de Janeiro: E-papers, 2008.
  • E, me desculpem a ousadia, mas gostaria de indicar o meu:
    SZANIECKI, Barbara. Disforme Contemporâneo e Design Encarnado: Outros Monstros Possíveis. São Paulo: Annablume, 2014.

Las 5 personas que todo diseñador debe conocer:

Creio que um bom designer deve procurar conhecer pessoas de outras áreas.
Pessoalmente ou, quando não é mais possível, através de sua obra.

  • Autores como Michel Foucault, Gilles Deleuze e Feliz Guattari através de sua obra filosófica. E o cientista politico Giuseppe Cocco porque design é também filosofia e política.
  • Coletivos culturais como Norte Comum que ocupam o Instituto Nise da Silveira (antigo Centro Psiquiátrico Pedro II) porque design não pode abrir mão da loucura.
  • Artistas-pensadores do Teatro como José Celso Martinez Corrêa (Teatro Oficina) e Peter Pal Pelbart (Cia Teatral Ueinzzz) porque design é também ação no espaço e no tempo que abre outras possibilidades vitais.
  • Artistas-poetas como André Vallias e Carlito Azevedo, e os irmãos Campos porque design não pode prescindir de poéticas visuais e outras.
  • Artista-designer como Rogério “Caos” Duarte ou, da nova geração, os cariocas Pablo Meijueiro e Felipe Nunes, ou o mexicanos Alejandro Magallanes porque design é paixão.

Tu frase motivadora favorita es:

Design é biopolítica: potência da vida que tensiona o biopoder, poder exercido sobre nossas vidas

(inspirada pelo pensamento de Foucault e outros).

 

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