DISEÑO GRÁFICO // BRASIL
¿Por qué elegiste el diseño como una carrera en tu vida?
Comecei a minha vida profissional, aos dezoito anos, em uma empresa de consultoria estratégica fazendo pequenas artes para apresentações e capas de relatórios. Eu não tinha a menor ideia do que fazer em uma faculdade e trabalhar me pareceu uma opção mais lucrativa a curto prazo. Eu sabia alguma coisa de Photoshop e foi assim que fui contratado para o meu primeiro emprego.
Oito anos depois eu era sócio e diretor de criação daquela mesma empresa, que havia se transformado em uma agência de marketing, e depois em uma editora, com mais de vinte funcionários. Designer, gestor de projetos e, de quebra, empresário. Em oito anos de trabalho, me formei pelo caminho mais difícil: leitura, pesquisa, tentativa e erro. Neste meio tempo estudei publicidade, cinema, música e dramaturgia. Realizei muitos projetos paralelos em diversas áreas e até hoje não sei porque nunca estudei design. Sempre tive a sensação que o design gráfico era algo que acontecia tão naturalmente para mim que eu não precisava de uma faculdade.
Depois de me tornar um sucesso (que eu não queria ser), resolvi abandonar tudo o que havia conquistado para seguir carreira solo como freelancer, deixei a segurança da empresa-mãe para buscar a liberdade de um trabalho com mais criatividade e novos desafios. Trabalhei sozinho por alguns anos e consegui me reposicionar como profissional no mercado, até conhecer Maria Alice Leal e, mais uma vez, tudo mudar. Fundamos o ESTUDIO CRU, empresa com ênfase em design gráfico e todas (ou quase) as artes visuais, desenvolvendo projetos, principalmente, para a área de cultura.
Não tenho certeza se escolhi o design como a minha carreira, nunca foi uma decisão pensada. As coisas aconteceram na minha vida e todos os caminhos sempre me trouxeram de volta ao design, por mais que eu tentasse buscar outras experiências. O design me escolheu.
¿En que medida tu crees que ser un diseñador latinoamericano te distingue y destaca de otros diseñadores en el mundo?
Sinto que ainda somos jovens e podemos experimentar. Buscamos a identidade cultural latino-americana a todo o tempo, e renovamos esta busca a cada momento. Multiculturais, somos um povo aberto a mudanças. Temos o sublime e o bizarro em nosso dia-a-dia, e isso nos traz um material vivo que, sem dúvida, nos torna mais questionadores e criativos. Encontramos soluções inusitadas para tudo e temos grande facilidade para trabalhar com poucos recursos.
¿Cómo ves el diseño en tu país?
Estamos crescendo. A valorização do design no Brasil é cada vez maior. Temos eventos importantes, grandes designers reconhecidos a nível mundial e boas ideias surgindo internamente. A maioria dos clientes ainda está longe de entender o real valor do nosso trabalho, mas existem situações em que já podemos trabalhar como deveríamos. Penso que a sociedade começa a entender o papel do design de uma forma mais ampla, não somos mais apenas “decoradores” e hoje podemos ajudar a solucionar problemas, sejam eles de mercado, sociais ou científicos. Fala-se cada vez mais de design na mídia, estamos cada vez mais presentes. Temos um longo caminho pela frente, é claro, mas podemos dizer que estamos melhorando enquanto sociedade. Mas o processo é lento.
¿Cuál es tu fórmula íntima e ideal de trabajo para ser más efectivo al momento de diseñar?
O meu modo de trabalhar se baseia em pesquisa e metodologia. Acredito que todo projeto de design pode ser realizado de duas formas: a fácil e a difícil. Quando não nos permitirmos passar um tempo pensando (pesquisando) sobre o projeto, na maioria das vezes fazemos pela forma (método) difícil que, normalmente, é a mais óbvia. O tempo que precede a execução do design é muito importante para mim, o papel antes do computador, a referência antes do rascunho, a conversa antes do silêncio. Saber quem é o seu cliente e o que ele espera do seu trabalho também é fundamental, atribuo grande parte do sucesso de um projeto a satisfação do meu cliente. Nem sempre é possível tornar aquele trabalho a sua obra fundamental, na verdade, na maioria das vezes aquele trabalho será apenas mais um trabalho. No final das contas, o mais importante para mim é que todos estejam felizes durante o processo: clientes, fornecedores, parceiros… e eu!
¿Cuáles son los errores más comunes que cometen algunos diseñadores al momento de encarar un proyecto de diseño?
Imagine um pôster simples, com pouca informação gráfica e uma tipografia sem personalidade. Imagine um outro pôster, desta vez super elaborado, com ilustrações realistas, tipografia complexa e muitos efeitos. Você olha os dois e, por algum motivo, gosta mais do primeiro. Como designer, você sabe que o primeiro deve ter levado quinze minutos para ser feito, enquanto o segundo, certamente, levou mais de uma semana. Porque você gosta mais do primeiro? A resposta está em uma palavra só: Conceito. Provavelmente o primeiro designer levou uma semana pensando para executar a ideia rapidamente, enquanto o segundo pensou por quinze minutos e achou ter encontrado a solução mais genial.
Um erro muito comum é a falta de conceito nos trabalhos de design. É preciso pensar o projeto por todos os ângulos, esgotar as possibilidades para encontrar o melhor jeito de comunicar uma ideia. Eu prefiro pensar do que ficar na frente do computador. Conceito!
¿Qué consejo darías a una persona que está por elegir esta carrera o empezando a trabajar en ella?
Acorde cedo, trabalhe todos os dias, atenda o telefone sempre que tocar e responda a todos os emails. Seja legal, aceite os desafios da vida, cumpra todos os prazos e esteja sempre pronto para dizer “não”. Seu cliente é seu parceiro, trate-o como um igual e ele valorizará o seu trabalho. Cobre sempre um pouco mais do que você acha que merece. Você merece mais.
Los 5 libros importantes que todo diseñador debe leer
- Trademarks & Symbols – Yasaburo Kuwayama, 1973
- Made you look – Stefan Sagmeister, 2001
- The invisible actor – Yoshi Oida, 1997
- Thinking with Type – Ellen Lupton, 2010
- Meggs’ History of Graphic Design – Philip B. Meggs, 2011
Las 5 personas que todo diseñador debe conocer:
- László Moholy-Nagy
- Carlos Cruz-Diez
- Hayao Miyazaki
- Oliviero Toscani
- Stefan Sagmeister
Tu frase motivadora favorita es:
Menos é mais.